quinta-feira

Vazio


 © Pedro Santos


É companhia insistente, este vazio. Tão insistente e tão presente que temo não saber viver sem ele. Sinto-o como uma brisa fria que me provoca desconforto mas contra a qual não existe abafo suficiente. Anima-me a ideia de um dia (ainda longínquo) esse vazio ser ocupado por um amor sincero e bonito que me faça quase esquecer que um dia senti-me meio. Faço autênticos números de ilusionismo que me ajudem a lidar melhor com tudo isto. Não sei ao certo quantos (mais) truques tenho na manga mas espero que sejam suficientes...

5 comentários:

Anónimo disse...

Observa... o vazio está preenchido com nevoeiro!

E quando o nevoeiro levantar, talvez lá esteja esse amor, à espera de ti e não dos teus truques! :P E traga o vento quente de um dia de verão... Talvez estejas tão perto, que devido ao nevoeiro não a vês... ou a deixas escapar!

Sê ambicioso! Entrega-te... Mergulhaaaaaa nas profundezas do teu ser :)


*um beijo! Continuo a torcer por ti!!

*Lucie

Clau disse...

**

(gosto muito da foto)

SS disse...

Tb gosto bastante da foto.Sintra é realmente fantástica.

c. disse...

o vazio. sempre o vazio. as tuas inquietações fizeram-me regressar a um texto que partilharam comigo há uns tempos a propósito do mesmo problema. aqui fica, nas esperança que faça em ti o mesmo eco que aqui se ouviu:

"Há duas formas de solidão, não há? Há a solidão do isolamento absoluto, o facto de viver fisicamente só, de trabalhar só, como eu sempre fiz. Não é necessariamente doloroso. Para muitos escritores é essencial. Outros precisam de um grupo doméstico de servidores femininos para lhes dactilografar os malditos livros e lhes manter os egos bem insuflados. Estar sozinho a maior parte do dia significa que estamos a escutar ritmos diferentes, ritmos que não são determinados pelas outras pessoas. Penso que é melhor assim. Mas há outro tipo de solidão que é terrível de suportar – Fez uma pausa. – É a solidão daqueles que vêem um mundo diferente do das outras pessoas. As suas vidas nunca se tocam. Tu consegues ver o abismo e elas não. Tu vives entre elas. Elas caminham sobre a terra. Tu caminhas sobre vidro. Elas encontram segurança na conformidade, em similitudes cuidadosamente construídas. E tu mascaras-te, consciente da tua absoluta diferença.
Dunker


abraço(te) no nevoeiro
**

Ciclideo disse...

Obrigado a todas!

Que seria de mim sem as mulheres?

=)

Inquietude

 Não sei ter a idade que tenho. Sou velho em muitas coisas, sou novo noutras tantas mas poucas vezes me encontro na minha idade. Quando vejo...